Storytelling, ou traduzindo para o português do Brasil, é a arte interativa de usar palavras e ações para revelar os elementos e imagens de uma história enquanto incentiva a imaginação do ouvinte.
Neste post você verá
Storytelling é interativa
Storytelling envolve uma interação bidirecional entre um contador de histórias e um ou mais ouvintes. As respostas dos ouvintes influenciam a narração da história. Na verdade, a storytelling emerge da interação e dos esforços cooperativos e coordenados do narrador e do público.
Em particular, storytelling não cria uma barreira imaginária entre o falante e os ouvintes. Isso é parte do que distingue a storytelling das formas de teatro que usam uma “quarta parede” imaginária.
Diferentes culturas e situações criam expectativas diferentes para os papéis exatos do contador de histórias e do ouvinte – quem fala com que frequência e quando, por exemplo – e, portanto, criam diferentes formas de interação.
A natureza interativa da storytelling explica parcialmente sua imediatez e impacto. Na sua melhor forma, a storytelling pode conectar direta e fortemente o narrador e o público.
Storytelling usa palavras impactantes
Storytelling usa a linguagem, seja uma linguagem falada ou uma linguagem manual, como a Língua de Sinais Americana. O uso da linguagem distingue storytelling da maioria das formas de dança e mímica.
Storytelling usa ações como vocalização, movimento físico e/ou gestos.
Essas ações são as partes da linguagem falada ou manual que não são palavras. Seu uso distingue a storytelling da escrita e das interações de computador baseadas em texto. Nem todos os comportamentos da linguagem não verbal precisam estar presentes na contação de histórias. Alguns contadores de histórias usam muito o movimento corporal, por exemplo, enquanto outros usam pouco ou nenhum.
Storytelling apresenta uma história
A contação de histórias ou storytelling sempre envolve a apresentação de uma história – uma narrativa. Muitas outras formas de arte também apresentam histórias, mas a storytelling a apresenta com os outros quatro componentes. Cada cultura tem sua própria definição de história. O que é reconhecido como uma história em uma situação pode não ser aceito como tal em outra. Algumas situações exigem espontaneidade e digressões divertidas, por exemplo; outras exigem a repetição quase exata de um texto reverenciado. Formas de arte como recitação de poesia e comédia stand-up às vezes apresentam histórias e às vezes não. Como geralmente envolvem os outros quatro componentes, podem ser consideradas formas de contação de histórias sempre que também apresentam histórias.
Storytelling incentiva a imaginação ativa dos ouvintes
Na storytelling, o ouvinte imagina a história. Na maioria dos teatros tradicionais ou em um filme dramático típico, por outro lado, o ouvinte desfruta da ilusão de que está realmente testemunhando o personagem ou os eventos descritos na história.
O papel do ouvinte na storytelling é criar ativamente as imagens vívidas e multissensoriais, ações, personagens e eventos – a realidade – da história em sua mente, com base na performance do narrador e em suas próprias experiências, crenças e entendimentos anteriores. A história completa acontece na mente do ouvinte, um indivíduo único e personalizado. O ouvinte torna-se, portanto, um co-criador da história como experimentada.
Storytelling pode ser combinada com outras formas de arte. O fruto do movimento vital e contemporâneo da storytelling inclui o desenvolvimento de maneiras de combinar a storytelling com drama, música, dança, comédia, marionetes e inúmeras outras formas de expressão. No entanto, mesmo quando se mistura imperceptivelmente com outras artes, a essência da contação de histórias permanece reconhecível como a intersecção dos cinco componentes incluídos na definição acima.
Storytelling acontece em muitas situações, desde conversas à mesa da cozinha até rituais religiosos, desde narrativas no decorrer de outros trabalhos até apresentações para milhares de ouvintes pagantes. Algumas situações de contação de histórias exigem informalidade; outras são altamente formais. Algumas exigem certos temas, atitudes e abordagens artísticas. Como observado acima, as expectativas sobre a interação do ouvinte e a natureza da própria história variam amplamente.
Existem muitas culturas na Terra, cada uma com ricas tradições, costumes e oportunidades para contar histórias. Todas essas formas de contação de histórias são valiosas. Todas são cidadãs iguais no mundo diversificado da storytelling.
Storytelling é uma arte de contar histórias que conectam
Componentes essenciais de Storytelling:
O que une as pessoas? Exércitos? Ouro? Bandeiras? Não, são as histórias. Não há nada mais poderoso no mundo do que uma boa história. Nada pode pará-la. Nenhum inimigo pode derrotá-la.”
Essa citação te parece familiar? Provavelmente sim, porque é o discurso de Tyrion Lannister no final da série Game of Thrones. Essas palavras nos lembram, tanto para quem acompanhou a série quanto para quem não acompanhou, que todos nós somos apaixonados por boas histórias e essa série é certamente um exemplo disso. Para contar uma boa história, devemos começar com estes 3 ingredientes:
O narrador, ou seja, a pessoa ou marca responsável por contar a história. Você sabe que uma mensagem é única e integral à sua marca quando a imagina sendo compartilhada por qualquer outra marca e ela não seria consistente com seus valores. Se a sua marca está pronta para contar essa história ao mundo, vá em frente.
A audiência. As pessoas que ouvem a sua história desempenham um papel fundamental na narrativa, pois não são simplesmente ouvintes da história que contamos, mas também têm o poder de compartilhar e agir como embaixadores da sua mensagem.
O enredo ou esboço narrativo, que nos ajuda a todos a reconhecer e seguir a história. Existe um padrão básico em muitas das histórias da tradição oral ao redor do mundo, um padrão que Joseph Campbell chamou de “monomito” ou “a jornada do herói”. Isso revela que, na realidade, todas as histórias compartilham um padrão comum em sua narrativa que faz com que o protagonista ou protagonistas se movam de uma zona de conforto ou conhecimento em direção a uma zona de ignorância, uma aventura e a quebra do conforto inicial. Essa jornada é o que Campbell chamou de “a jornada do herói”, e é a força motriz de muitas das grandes histórias que conhecemos hoje.
Para criar uma narrativa cativante, é fundamental entender os demais elementos que a compõem:
1. A Mensagem Principal
A mensagem é a alma da história, a ideia central que se deseja transmitir. Para ser eficaz, precisa ser clara, concisa e ressoar com o público. No marketing, a mensagem busca criar uma conexão duradoura com o consumidor, transmitindo valores e emoções que vão além da simples venda de um produto. Histórias com mensagens poderosas criam identificação e fazem com que as pessoas se sintam parte de algo maior.
2. O Ambiente da história
O ambiente é o cenário onde a história se desenrola. Detalhes vívidos e sensoriais transportam o público para dentro da narrativa, tornando-a mais imersiva e memorável. No mundo corporativo, um ambiente bem construído em apresentações ou campanhas publicitárias pode influenciar decisões e fortalecer a identidade da marca.
3. Personagens ou os protagonistas da Storytelling
Os personagens são os protagonistas da história, conduzindo a narrativa e despertando emoções. Personagens bem desenvolvidos, com personalidades marcantes e motivações claras, conquistam a empatia do público e tornam a história mais envolvente. Sejam eles reais ou fictícios, os personagens são a ponte que conecta a história com a vida real.
4. O conflito como o grande motor da narrativa
O conflito é o motor da narrativa, o que impulsiona a trama e gera tensão. Todo bom enredo apresenta desafios que os personagens precisam superar, sejam eles externos ou internos. O conflito mantém o público em suspense, ávido por descobrir o desfecho da história.
Dominando a arte da narrativa
Técnicas Poderosas
1. Modelo da empresa Pixar
O estúdio Pixar, famoso por suas animações de sucesso, desenvolveu um modelo de storytelling baseado em princípios como a identificação com o personagem, a superação de desafios e a mensagem universal. As “22 Regras da Pixar” são um guia valioso para criar histórias memoráveis que ressoam com o público.
2. Jornada do herói
Criada por Joseph Campbell, a “Jornada do Herói” é um arquétipo narrativo presente em diversas culturas e épocas. Essa estrutura de 12 etapas descreve a trajetória do herói, desde o mundo comum até o retorno transformador. Utilizar esse modelo confere profundidade e significado à narrativa.
Algumas dicas essenciais para construção de Storytelling
1. Guiando o leitor pela história
Uma boa história conduz o leitor por uma jornada, do ponto de partida até a conclusão. Elementos como personagens cativantes, ambientes imersivos e conflitos instigantes garantem que o público permaneça engajado durante todo o percurso.
2. Criatividade é sempre fundamental
A criatividade é fundamental para criar histórias originais e memoráveis. Explore diferentes perspectivas, desenvolva personagens únicos e construa narrativas que fujam do óbvio.
3. Construa emoções positivas
Histórias que evocam emoções positivas, como alegria, inspiração e esperança, criam uma conexão mais forte com o público. Transmitir mensagens otimistas e inspiradoras aumenta o impacto da narrativa.
Exemplos mais que inspiradores
A maioria das grandes marcas como Coca Cola, Boticário e Heineken utilizaram o storytelling em suas campanhas publicitárias para promover mensagens de empoderamento, autoestima e igualdade. Essas histórias inspiradoras demonstram o poder da narrativa para conectar marcas e consumidores com emoção.
O storytelling é uma ferramenta poderosa para comunicar ideias, transmitir valores e criar conexões duradouras. Dominar essa arte permite que você transforme suas mensagens em narrativas envolventes que inspiram, emocionam e deixam uma marca positiva no mundo.
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